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Homenagem a uma estrela maior

  Hoje faz 4 anos que uma parte de mim partiu para bem longe de mim, ou melhor, uma parte de todos nós, que tanto o admirávamos. O avô Valter ou melhor o patriarca da família decidiu partir do dia de S. João. Em jeito de homenagem lanço hoje esta minha marca "Amor Entrelaçado", uma marca de peças de artesanato feitas com muito carinho e que espero cheguem carregadas de amor a quem as receber. É um projeto há muito na gaveta mas que decidiu ganhar hoje asas, por algum motivo teria que ser hoje. Nada é por acaso, ou quero acreditar que não seja. Quero que "Amor Entrelaçado" carregue histórias e afeto em cada nó de cada fio. O conjunto de fios que fazem cada uma das peças é o que faz com que as torne únicas e especiais. Nenhuma terá a mesma medida que outra e cada uma terá as suas imperfeições, que as tornará especiais. Falar de "Amor Entrelaçado" é quase sinónimo de falar da pessoa que quero homenagear: o avô Valter ao longo da sua vida teve muitos altos e b
Mensagens recentes

Como sentes, cheiras e saboreias as tuas memórias mais felizes?

Esta é a rua da minha infância. Hoje iluminada porque é dia de festa, dia de Santo António. O adro à volta da capela era o ponto de encontro de miúdos e graúdos. Foi lá que brinquei até anoitecer, aprendi a andar de bicicleta e até talvez tenha sido lá que comecei a ter fé em Alguém superior (assunto para outro texto).  Hoje foi dia de reunião à mesa. O Santo António foi um de tantos outros motivos para mesas cheias e barulhentas em casa dos pais. Espero que assim seja por muitos anos. Mas hoje, como quase todos os anos, também foi dia de me virem à memória imensas lembranças de quando era criança nesta altura do ano. E de repente senti o cheiro do forno a lenha para os assados de festa, senti o sabor das primeiras cerejas do ano que eram comidas no Santo António, compradas na banca do vendedor de rua que ali montava barraca... Senti o sabor das primeiras ameixas que os avós de Valmaior levavam para a, "serra"... E, sobretudo percebi que as minhas memórias, são feitas de chei

A Criança que há em ti💛

Quantas vezes enquanto criança te fizeram a pergunta: o que queres ser quando fores grande? Devem ter sido imensas, tais como as respostas que foste dando.  Agora sou eu que faço uma pergunta: agora que és adulto o que gostarias de ser/ter/viver enquanto criança? Faz este exercício e vai às tuas memórias que guardas naquele cantinho do coração mais especial e lembra-te do que te fez realmente feliz na tua infância! Caso não tenhas tido uma infância assim tão feliz o que te virá à cabeça quando imaginas o que precisarias para que tivesse sido feliz? No meu caso eu gostaria de voltar à minha infância para ter o carinho, o afeto e as vivências e experiências que tive. Precisei de muito para que isso acontecesse? Não, precisei apenas de pessoas disponíveis, atentas e de coração aberto para me apoiar no meu crescimento. Quais são as minhas memórias felizes da infância? São manhãs de domingo infiltradas na cama dos pais, maratonas de cavalitas no pai pelo corredor fora, pequenos almoços em c

António 💛

  "Valioso" ou "aquele de valor inestimável", assim dizem que é o significado de António. Talvez nada seja por acaso, e o nome escolhido para o sobrinho, filho da minha irmã foi este-António. Foi escolhido com um propósito, em jeito de homenagem, mas direi que o significado lhe encaixa como uma luva. Eu sei, sou suspeita, sou tia e madrinha, mas ele faz realmente jus ao nome que tem. No meu colo cabem imensas crianças, imensos pais dessas crianças, cabem muitos desabafos e muitas inseguranças, tantas quantas eu própria carrego quanto a mim, aos meus e à minha forma de ser, de fazer e de estar... Mas o meu colo carrega sobretudo amor para dar e vender e um amor desmedido para com os meus!  A minha irmã sabe, porque eu já lho disse que foi o meu primeiro melhor presente que a vida me deu. Talvez tenha sido com ela que aprendi o que é amor incondicional, proteção sem medida e pensar muitas vezes primeiro no outro e só depois em mim.  Vê-la grávida foi um sonho tornado

Alunos de excelência

 Fim de ano lectivo, de um ano lectivo de loucos, um fim que teimava em não chegar para alunos cansados de estar fechados quer na escola quer em casa. Sim, porque muitas almas iluminadas (adultos) dizem: "pois mas este ano lectivo eles estiveram muito tempo fora da escola, em casa". É verdade! Mas estiveram em casa confinados, fechados, privados de conviver com os seus amigos; privados de brincar, uma tarefa importantíssima para adquirirem competências para a vida; privados de aprender com relações humanas, porque comunicavam através de um ecrã, ecrã esse que mesmo tendo alguém do outro lado não dá afeto, não dá aconchego. Pergunto-me se esses adultos que dizem que eles estiveram muito tempo em casa, logo é óbvio que o ano lectivo teria que acabar mais tarde, não serão os mesmos que se queixam a toda a hora que estão fartos de ter os filhos em casa, que não vêem o fim disto, que estavam desertos do confinamento acabar... Tudo sentimentos legítimos, mas deve haver coerência: a

Adeus 2020! Sê bem vindo 2021 🙂

Se recuar há um ano atrás é fácil perceber que deveria estar a fazer um balanço de 2019 e a perspectivar 2020. Longe de pensar na aventura que seria 2020, na altura das 12 badaladas olhei para as passas e pensei nos meus desejos (nunca tenho 12 confesso) e mais uma vez cheguei à conclusão que o principal é sempre saúde para mim e para os meus. Nunca um desejo fez tanto sentido por isso devo em primeiro lugar sentir-me grata por eu e os meus estarmos a terminar o ano bem de saúde. Caramba, que ano diferente e difícil este de 2020, mas ao mesmo tempo que ano desafiante. Se em algum momento me dissessem há um ano atrás que iria ter que estar fechada em casa com as minhas filhas com ensino à distância, que iria estar limitada nas minhas movimentações e que ia estar privada de dar abraços livremente e de expressar o meu afeto pelos outros de forma livre, diria que estavam loucos. Mas a verdade é que fomos obrigados a tudo isso e muito mais. O que tínhamos por adquirido deixou de o ser e em

O Arco Íris da maternidade

Este meu espaço já mora na minha cabeça há muito tempo.  O nome tambem surgiu quase ao mesmo tempo que me surgiu a ideia de escrever num local onde partilhasse o que estava a ser para mim a experiência da maternidade e tudo o que se relaciona com este tema.  E porquê escrever sobre um tema que é tao forte e tão vivido por tanta gente? Será que vale a pena colocar cá para fora emoções, duvidas e sentimentos relacionados com a maternidade?!? Para mim fazia/faz todo o sentido na medida em que à minha volta sempre pintaram a maternidade de cor de rosa. Quase como se tratasse de um conto de fadas, mas na realidade nem tudo é cor de rosa e nem todos os acontecimentos são como nos contos de fadas... Fui do grupo de amigas, uma das primeiras a ser mãe...  Nos primeiros tempos fui assolada por dúvidas e incertezas, mas não tinha muita coragem para as partilhar com ninguém, porque achava eu que ao fazê - lo estava a ser uma "má mãe".... Percebi com o tempo e à medida que as pessoas que